O futuro dos automóveis, com preços de combustíveis cada vez mais altos e sem previsão de parar de crescer, se tornou uma incógnita. Há quem aposte em modelos elétricos e até quem aposte em tração humana, ou seja, bicicletas. Como ainda não há um padrão estabelecido para nada, há espaço para todas as soluções, até uma que conjugue motor elétrico e pedais. Duvida? Então conheça o Twike.
Seu maior diferencial em relação aos modelos elétricos convencionais é justamente a presença de pedais (opcionais) que permitem ao condutor “ajudar” o motor elétrico a rodar por mais tempo. Para os chegados a uma boa forma física, também pode ser um poderoso auxiliar, ainda mais considerando que o peso total do Twike é de 450 kg, contando o conjunto de baterias, que pode pesar até 184 kg. Quem tiver de chegar arrumado ao trabalho é que não deve ser muito fã da idéia, por mais que a consciência fique ambientalmente tranqüila.
Concebido na Suíça em 1996, esse pedalinho do asfalto hoje é fabricado na Alemanha. Diferentemente do
Pompéo, que tem duas rodas na frente e uma atrás, para impulsão, o Twike tem duas rodas atrás, também motrizes, e apenas uma na dianteira, direcional. Todas são rodas de motocicleta de aro 16”, 20 x 2,25 na dianteira e 20 x 2,5 na traseira.
Com 2,65 m de comprimento, o Twike comporta apenas duas pessoas, mas não pense que o passageiro tem direito a alguma cortesia. Se for preciso, ele também pode pedalar o Twike. Com motorista e passageiro pedalando, a autonomia do carrinho, que é de cerca de 80 km só com a carga das baterias de níquel-cádmio (150 km com baterias de íons de lítio), pode ser ampliada em até 50%.
Além de mais eficientes, as baterias de íons de lítio são mais leves (17,5 kg, contra 48 kg das baterias de níquel-cádmio). O tempo de recarga, em 230 V, é o mesmo para as duas: cerca de duas horas. Em uma hora, as baterias já oferecem autonomia suficiente para rodar em percurso urbano a até 85 km/h. A velocidade máxima bastante baixa limita o uso do Twike em estradas, ainda que ele seja licenciado para rodar como um carro normal.
O que também não é normal no Twike é o jeito de conduzi-lo. O carro não tem partida nem chave, mas sim um código, como se fosse um caixa eletrônico, para começar a rodar. Com o motor acionado, o que muda é o jeito de esterçar. Não há volantes, mas sim um joystick. Quem já dirigiu garante que é muito fácil. Quem não teve a oportunidade se pergunta como é o sistema.
O fato é que, desde o início de sua produção, já foram vendidas mais de 700 unidades do Twike, um número alto, considerando seu caráter para lá de alternativo e seu preço salgado. Na Europa, o modelo mais simples (sem os pedais) custa € 15,2 mil, o mesmo preço de um Fiat Bravo ou de um VW Golf. Seja qual for o futuro, por ora pode-se dizer que ele não vai ser exatamente barato. Quem sabe mais adiante?
Agora imagine você com este "CARRINHO" saindo com um mulherão...
: -) rsrs
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