O Linea 1.9 16V equipado com câmbio manual, versão de entrada do modelo. Com o mesmo motor também estão disponíveis o câmbio automatizado (R$ 63.900), com opção de trocas manuais, e a configuração intermediária chamada Absolute (R$ 68.640). O T-Jet é a versão topo de linha e chega com o inédito motor 1.4 16V equipado com turbocompressor. Apesar da menor capacidade, o propulsor desenvolve 21,1 kgfm de torque e 152 cavalos. Mas seu preço começa em R$ 78.900.
Apesar da semelhança com o Punto, a Fiat afirma que apenas o pára-brisas e as portas dianteiras são iguais entre os dois modelos. De resto, trata-se de um novo carro. Atrás do volante, no entanto, os dois revelam mais semelhanças, o que inclui a beleza do desenho da carroceria.
Embora tenha 4,56 m de comprimento, 1,73 m de largura e entreeixos de 2,603 m, por dentro o Linea parece menor. O espaço para os ocupantes é inferior ao dos concorrentes asiáticos. O Fiat também perde em acabamento para Civic e Corolla. A unidade avaliada tinha encaixes desnivelados e rebarbas nos plásticos – mesmo problema que afeta outro novato, o Focus.
Mais um descuido da montadora está no nível de ruídos. O barulho na cabine fica altíssimo acima de 4.000 giros. Fica difícil manter uma conversa sem aumentar o tom de voz. A potência e torque do motor (132 cv e 18,6 kgfm), no entanto, são compatíveis com os 1.315 kg do sedã, mas não espere desempenho esportivo. Se você não abre mão de aceleradas vigorosas, fique com o 1.4 turbinado.
Ainda no interior, a densidade das espumas do banco é alta demais. Para um sedã familiar sem dotes de esportividade, assentos mais macios seriam bem-vindos. A própria Fiat tem bons exemplos de bancos confortáveis em sua linha mais em conta. A família Palio, por exemplo, conta com espumas mais agradáveis. Depois de estranhar o assento, tentei regular o encosto do banco e tive dificuldades em acessar o controle giratório, localizado entre o banco e a lateral da carroceria. O espaço é muito estreito e fica difícil mexer no ajuste do encosto. É preciso um pouco de contorcionismo também para usar os porta-objetos localizados nas portas e até o porta-copos no centro do console.
O porta-malas com capacidade anunciada de 500 litros é grande em relação ao seu maior concorrente, o Honda Civic, mas é exatamente o mesmo volume que o Fiat Siena dispõe.
Mesmo o Linea mais em conta vem de série com freios ABS, air bags duplos, vidros elétricos, travas com controle remoto, volante com regulagem de altura e profundidade e ar-condicionado. Até o passageiro que viaja no meio do banco traseiro tem cinto de três pontos. O Linea Absolute, topo de linha, inclui ar-condicionado digital, sensor de estacionamento, Blue & Me – tecnologia que permite a integração do equipamento de som com celulares Bluetooth e rodas de 16 polegadas feitas de liga leve.
A Fiat está oferecendo três anos de garantia sem limite de quilometragem e é o primeiro modelo brasileiro a vir de fábrica com sistema de navegação por GPS integrado. No entanto, o opcional não permite que mapas sejam exibidos numa tela de cristal líquido. As informações sobre as vias e rotas são exibidas por meio de gráficos no quadro de instrumentos.
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